2013

12 a 25 de novembro de 2013
Equipe: Ricardo, Maiquel e Gustavo.

Passados três anos, tivemos em 2013 a oportunidade de retornar a Mendoza para mais uma expedição em Alta Montanha. Nesta feita, dois brasileiros e a partir de Mendoza, o Gustavo nos acompanhou. Os objetivos eram; realizar expedições às estações do trasandino e iniciar um novo projeto denominado Glaciares Andinos.

Estivemos em Mendoza do dia 14 até 17 domingo a resolver um problema de logística e não logramos sucesso. A alternativa foi seguir de ônibus até Las Cuevas. O objetivo inicial era uma subida gradual já com vista a aclimatação, mas como não foi possível, dedicamos a tarde do domingo e a segunda feira para passeios no entorno do vilarejo e Quebrada de Matienzo. A paisagem que encontramos nesta ocasião foi diferente de 2010 porque fomos em novembro. Todos os cerros que circundam o vale estavam ainda com uma boa quantidade de gelo e no período de sol, formando belas cascatas.

Na terça feira foi o dia de acordar cedo e 7 horas partimos Tolosa acima. Dividimos a aproximação ao glaciar em três escalões. Até o primeiro nos acompanhou o Gustavo e depois seguimos nos falando de hora em hora por rádio. Da altitude de 3.200 m de Las Cuevas chegamos a 4.000 meio dia e 15 minutos. Estávamos na pata larga do Glaciar Hombre Cojo. Foi um momento singular em nossa existência e o início de uma série de outras expedições projetadas. Um vídeo está sendo editado e irá complementar este breve relato.

No dia seguinte o objetivo era o cume do cerro Santa Helena, mas como o antigo passo Los Libertadores estava fechado devido ao degelo, teríamos que fazer um pernoite lá em cima e abortamos a missão por falta de abrigo. Ficou para a próxima. Descemos até Uspallata e recebidos na casa de Patricia Gallardo, tivemos ocasião para duas outras expedições, Vieja Estación de Uspallata no dia 20 e Estación Rio Blanco no dia 21. Retornamos ainda na quinta feira para Mendoza e no sábado iniciamos o retorno ao Brasil.

O relato aqui é breve, mas acompanhe abaixo o vídeo que mostra o emocionante encontro com o glaciar.

AQUEDUTO DO IMPÉRIO

20 DE SETEMBRO
Mesmo com a iminência de fortes chuvas para o RS, pedalamos no último dia 20 de setembro até Candelária, a conhecer um aqueduto histórico na Linha Curitiba, segundo os historiadores, sem similar no Estado.
Jesiel e Ricardo foram os protagonistas do desafio, já fazia tempo que não nos dedicávamos a pedalar em grandes distâncias. Considerando nos como moradores da zona sul de Santa Cruz do Sul, ida e volta completou 100 km. Saímos 7:35 e antes das 15 horas já estávamos de volta. Na foto ao lado, casarão histórico ainda em Vera Cruz. Seguimos até encontrar a RS 287 e após passamos ao largo de Vale do Sol até nosso objetivo aonde chegamos por volta das 10 horas. Fotografamos, colhemos informações e iniciamos o retorno ainda de manhã. Na altura do trevo de acesso a Vale do Sol, almoçamos junto a um posto de gasolina e ali a chuva nos alcançou. Temos que registrar aqui o descontentamento de pedalar na RS 287, visto que os acostamentos estão em péssimas condições, ou seja, não se pensa no cicloturismo ao construir ou reparar as mesmas. Entre Linha Cipriano e trevo de acesso a Vera Cruz, simplesmente não existe acostamento, perigo para o ciclista e atenção para o motorista.

O aqueduto mede 304 metros de extensão com 79 arcos de alvenaria, essencialmente tijolos ligados por algum tipo de argamassa. Edificado entre o ano de 1868 a 1870, servia para conduzir a aguá do arroio Molha Grande até as casas da fazenda onde havia um engenho de serra e moinho de milho e trigo. Hoje está desativado e serve apenas para visitação turística, sendo que o ingresso simbólico é de apenas um real. 

BOTUCARAÍ, o Retorno

7 de setembro
Passados 7 anos, retornamos no dia 7 até Candelária para um trekking de ascensão ao Botucaraí. Em 2005 estivemos por duas vezes no local e inclusive agora com uma equipe renovada.
Afim de conseguirmos um meio de transporte, no período da manhã ajudamos o Joéde a concretar as vigas da sua próxima moradia. Foi engraçado pôr o Maiquel no serviço, visto que ele veio nos visitar no gozo de suas férias.
De tarde, num período de 30 a 40 min chegamos ao estacionamento no pé do morro e logo iniciamos a trilha. Por mais que tentamos, não conseguimos abreviar os 60 min necessários para chegar lá em cima. Uns mais ágeis, outros nem tanto. Levamos 120 metros de corda lá para cima, em duas porções. A intensão era descer alguns por rappel. Apreciamos a vista leste enquanto descansamos e depois fomos até a coluna de pedra que está deslocada do corpo do cerro. A sequencia da narrativa segue na legenda das fotos...

Engenharia de transposição. O Joéde passou para o outro lado seguro em uma corda e montou a "tirolesa". Esta servia para segurança dos demais.

Passamos os três para a torre de pedra e o Bruno fotografou. Em 2005 apenas o Boáz e Wiliam haviam chegado até este local, sem segurança e sem pensar, simplesmente pularam para o outro lado.

Ao observarmos a dimensão dos paredões, nem tentamos estender nossa corda para ver até onde iria. Pensamos em retornar com mais tempo, precisamos de duas equipes, uma em cima para fazer uma pista de descida e outra lá em baixo de segurança. também precisamos de uma metragem maior de corda.

Linha Pinheiral

30 de maio
No feriado de Corpus Christi recebemos a visita do Fabio e Andreia de Garibaldi, acompanhados do Maiquel. Eles vieram no intuito de uma aventura e então levamos eles até Linha Pinheiral para escalarmos outra pedra sobressaliente. 
Acesso pela mata, junto a uma placa de outdoor.
Já próximos ao paredão. Foto do Joéde.
Escalando com ajuda de árvores e suas raízes.
Todos no cume. Foi a primeira vez que escalamos ali e está aprovado o local, voltaremos...
A Conquista da Pedra do Sobrado
5 de maio
Depois de inúmeras tentativas sem sucesso, a equipe: Bruno, Gilberto, Laryssa, Marcos e Ricardo, chegamos pela primeira vez ao cume do bloco de pedras no limite do platô basáltico entre Santa Cruz e Passo do Sobrado. 
O primeiro a subir e fixar uma corda de segurança foi o Bruno e os demais a seguir. A Laryssa auxiliou na comunicação com rádio com o Marcos que estava a distância fazendo as tomadas de vídeo e fotos.
No dia 25 de julho retornamos, Joéde e Ricardo. Fizemos a ascensão por outro local e o Joéde desceu pela face leste aonde tem uma parede de uns 25 metros. Retornaremos para mais treinos visto que há muitos lances para rapel e escalada.

Férias no outono

20 a 23 de abril
Passados 10 anos das minhas primeiras viagens solo de bike, estiquei a jornada até Minas do Leão. Num período de 15 dias de férias, fui visitar meu pai e tios naquela cidade. No primeiro dia pela manhã fui até Volta Grande, um pouco além da Cidade de Rio Pardo. De tarde, mais três horas de pedal passando ao largo de Pantano. Dez anos antes eu havia iniciado o deslocamento de bike em Pantano e retornei a Santa Cruz por General Câmara. 
Minha companhia até Volta Grande foi um gatinho, levei ele dentro de uma caixa de papelão. Conduzi ele até seu novo dono. 
A tarde do dia 22 ainda se apresentava quente e então deixei para seguir viagem às 17 horas. O pôr do sol peguei entre o Francisquinho (rio) e o Capivari. Parei para fotografar e foram closes espetaculares!
Cheguei na Volta Grande às 20 horas sendo que fiz o trajeto novamente pela estrada de chão iluminado pela lua. Difícil de esquecer.
Retornando para casa no dia 23. Cerca de 180km percorridos. O próximo seja Caçapava do Sul.

Fim do verão

No 24 de fevereiro estivemos pela primeira vez em Linha Travessa para conhecer o conjunto de cascatas que o local abriga. O acesso é por propriedade particular mas os donos do Sítio Paraíso são bem cordiais no atendimento. Existe até um pequeno estacionamento para os visitantes. Estávamos nos despedindo das atividades de veraneio e logo a "gurizada" já retornaria ao colégio. Na ocasião, foi o primeiro cascading que realizamos e no vídeo abaixo o Bruno orientando o Marcos.

ALTO RIO PEQUENO
02 E 03 DE FEVEREIRO DE 2013
Anualmente temos podido subir pela margem de um dos afluentes do rio Pardinho até a localidade de Alto Rio Pequeno. Neste ano fizemos o deslocamento de kombi e estivemos no local em número de 6 pessoas. A extensão da expedição aconteceu no domingo quando subimos mais 7 km até uma bela cascata. Nas imediações, duas entradas de cavernas. Acompanhe nas fotos abaixo diversos momentos da aventura.
Na ponte de Sinimbu. Da esquerda para a direita, Rovan, Ricardo, Leno, Joéde e o motorista Daniel. O Bruno fotografou por cima da kombi.
Antes do entardecer, um prolongado banho na curva do rio. Água limpa e profundidades apropriadas para saltos e mergulhos.
Amanhecer do domingo, café com pães, bolachas, bolos patrocinados pelo super Leno.
Mais banho, desta vez junto ao poço escavado pela queda da cachoeira.
Perto das 11 veio um vento forte e depois chuva. Tivemos que nos abrigar debaixo de um paredão para continuarmos com o churras.
Exploração das cavernas no período da tarde.
Antes de retornar, uma parada um rapel de 30 metros, a começar pelo Joéde...
... e o aprendiz Bruno Aventureiro.

Foi o primeiro rapel em cascata que realizamos, com direito a pose. Para janeiro de 2014 o propósito é subir ainda mais até o Perau da Nega, já em município de Boqueirão do Leão.
Projeto Caves
5 e 6 de janeiro
Iniciamos o ano de 2013 dando continuidade ao Projeto Caves. Trata-se da identificação de grutas, ocas ou paleotocas no Rio Grande do Sul. Demos início ao projeto no ano anterior, em Alto Rio Pequeno e nesta feita nos deslocamos até o Cerro Grande, interior de Dom Feliciano, próximo a divisa com Encruzilhada do Sul e local de minha infância. Entre 4, percorremos todo o costado noroeste do cerro sem encontrar nada significativo, apenas uma pequena gruta (foto ao lado). A encosta do cerro, no entanto, apresenta vegetação nativa e uma diversificada fauna. No ano de 2010 enquanto ali estivemos, observamos bugios e tatus. Desta vez fotografamos uma Jararaca, a Bothrops pubescens.No processo de identificação, descobrimos sobre duas espécies frequentes no Estado. Enquanto B. diporus é uma espécie das florestas do norte-noroeste do estado enquanto B. pubescens é mais associada a formações abertas da metade sul do estado.
Nos limites de ocorrência de cada uma das espécies as vezes encontramos alguns animais com caracteristicas misturadas que são mais difíceis de separar.
Mas a B. pubescens tem as supralabiais (escamas que formam o "lábio" superior da serpente) claras com apenas a borda manchada em preto. Os desenhos em formato de losango do dorso são mais "fechados", com a base menor do que teria B. diporus e o desenho da cabeça não se prolonga muito para o resto do corpo, como seria em B. diporus.
A chuva no período da tarde fez com que encerrássemos as buscas e retornamos para o passo grande a montar o acampamento. No dia seguinte permanecemos no local de camping até o momento de retornar para casa. Na Serra do Sudeste, o próximo local em vista é o entorno de Caçapava.