2008

O Gilberto encerrou o ano praticando pela primeira vez o Rappel na Gruta dos Índios. Foi até destaque no jornal local, a Gazeta do Sul. A sua experiência nos motivou a incluir a prática no nosso currículo de atividades, o que veio a se concretizar somente anos mais tarde por ocasião da compra de equipamentos.

"A turma foi acompanhada por dois instrutores do projeto Ecoesporte, que garantiram segurança e conhecimento técnico."

Fonte ( Gazeta do Sul, 18/12/2008)

Cerro Itacolomy, março de 2008

Com a chegada do outono, as temperaturas baixaram um pouco, mas isto não nos impediu de novamente darmos um pulo até o Itacolomy em Passo do Sobrado. Tínhamos três motivos para ir até lá, o 1° é que na primeira ocasião em que estivemos lá, não tínhamos nenhum meio de registrar, seja por foto ou vídeo. 2° foi a despedida de colegas de aventura que estarão indo morar em outra cidade e o 3° foi uma reunião de trâmites da nossa próxima viagem.

Fomos em número de seis pessoas sendo três de bicicleta e os outros de moto. O Eduardo (foto ao lado) estreou conosco. Segundo eles mesmo, não se perderam na ida, mesmo que para chegar ao local, é necessário percorrer muitas estradas diferentes.

Os três companheiros que foram de moto, chegaram no local já no início da noite do dia 5. Através do rádio e sinais de luz, guiamos os montanhistas.

Na noite, o Joéde preparou a sopa (que por sinal, mais uma vez estava boa) e após tivemos nossa reunião. O assunto principal foi a logística do Projeto Cordilheira dos Andes.

Como dito no enunciado, o Maiquel estava se despedindo de nós visto que estava por se mudar junto da família, para a cidade de Carazinho. Ele esteve presente em todas as expedições que fizemos desde 2004.

O Joéde continua sendo o mais rápido nos deslocamentos de bicicleta, e a propósito, fizemos mais de 80 km nesta aventura, hoje por exemplo (dia 6) saímos nove e meia do Itacolomy e chegamos aqui em Santa às doze horas, tudo tranquilo! Retornamos por um caminho diferente, por Max Bruns, passando por Capela dos Cunha e Arroio do Couto.

Os dias foram ensolarados e as paisagens muito interessantes. Nesta feita tínhamos nossa primeira filmadora, a Panasonic VDR-D300 que de igual modo faz fotos.

Dormimos em barracas num único lugar plano em cima do monte.

Segundo dados colhidos, o cerro fica a 232 metros acima do nível do mar. É um local que se destaca por ser isolado e ter paredões para o rapel e outras práticas de escalada.

Não sei por que, mas nos acampamentos não conseguimos dormir até tarde e antes do sol nascer já estávamos fotografando. Depois de um belo por de sol, o amanhecer também foi vermelho amarelo, indicando mais um dia de poucas nuvens.

Pelo que pudemos observar, a Améria Latina Logística está "bombando" com seus trens. Desde o momento que chegamos lá, foram vários os que passaram, principalmente no período noturno. No retorno conseguimos mais um ângulo do monte, o sul. Estivemos acampados no topo da pedra destacada da esquerda.

A ideia de pedalar no extremo sul do Brasil passou a existir em 2003 quando estive em Rio Grande. A decisão em conjunto ocorreu após desenvolvermos com sucesso a expedição aos Aparados da Serra. Estava na hora de irmos até a fronteira!

Notadamente nossos projetos intercalam deslocamento motorizado com outros de puro pedal. Quiséramos chegar ao Uruguai pela orla, mas considerando a inexistência de qualquer estabelecimento comercial na faixa litorânea (apenas faróis), decidimos seguir pela BR471. Partimos de ônibus de Santa Cruz do Sul no dia 02 de fevereiro, sábado. A única linha que interliga a região central com o litoral sul é a da Pionesul. Desta vez avisamos com antecedência sobre as bicicletas!

O desembarque não foi na localidade de Quinta, 5º distrito de Rio Grande. Chegamos com chuva e logo procuramos abrigo na parada de ônibus. Era uma chuva de verão, logo ia passar.

Montadas as bicicletas, nos aproximados do vilarejo de Quinta como quem chega para o grid de largada. Foi impactante ver uma reta interminável dissolvendo-se nas planuras do horizonte sul: era a BR471, visão, meta e o destino dos seis aventureiros.

Nas semanas anteriores à nossa chegada, o RS passou por um período de estiagem. Nos noticiários se falava em incêndios no Taim. Agora, passava uma frente fria trazendo precipitações. Como era de se imaginar, o fenômeno trouxe também ventos do quadrante sul. Ao iniciar o pedal, sentimos a resistência provocada pelo mesmo. Durante a tarde, fizemos 28 km até a localidade de Sarandi.

Com a eminência do entardecer, passamos a procurar um local para acampar. Por ser uma BR, existe uma larga faixa de domínio, com relva e árvores de pequeno porte. Avaliávamos o terreno em frente de uma granja de arroz quando então o Boáz adentrou para falar com alguém. Voltou com todos os trâmites resolvidos. Íamos ter abrigo, banheiro e janta dentro das instalações da fazenda. O seu interlocutor era conhecido como prefeito, porque organizava a vida de muitas famílias que viviam dentro da granja. Começamos bem e desde então o Boáz se destacou como "relações públicas". Não obstante a comodidade, dois resolveram inaugurar a barraca e dormiram no pátio. Pelo amanhecer não vimos mais o prefeito, arrumamos nossas coisas e saímos para mais um dia de pedal. O sol brilhava e retratamos em frente à granja (foto acima).

A planície costeira vive do turismo (litoral norte), cultivo de cebolas (Mostardas, Tavares) e pecuária e rizicultura mais ao sul. O cultivo do arroz aqui se justifica porque na Lagoa Mirim a água; é mais "doce" do que na Lagoa dos Patos.

Em 1977 foi construída a Barragem do Centurião nas imediações de Capão do Leão. Esta impede que a água salina suba pelo Canal de São Gonçalo nos períodos de estiagem. A partir de então, haveria água para suprir as demandas da população de Pelotas, Rio Grande e formar uma rede de canais que interligam as plantações.

Nas décadas seguintes (80 e 90) a infraestrutura gerada fortaleceu os latifúndios. Era também um período de mecanização da agricultura. O fenômeno extingui parcela significativa das pequenas propriedades. Este cenário nostálgico é observado na fotografia logo acima. Além da memória, permanecem vivas as figueiras que sombreavam o terreiro e serviam de entretenimento para a gurizada. As crianças cresceram e descobriram que ali não era mais o seu lugar. Foram morar nas cidades ou trabalhar nas granjas. Sobrou a tapera para o viajante ver e lembrar...

No domingo nosso primeiro destino foi a Vila do Taim. Almoçamos logo na chegada e na parte da tarde adentramos à vila em busca da uma tal Capilla.

No terraço formado pelas falésias da Lagoa Mirim, diante de um vasto arco de horizonte líquido, nos vimos envoltos por novas indagações: como se movimentavam as famílias, os tropeiros e comerciantes até estas paragens quando não haviam estradas? Por todos os lados se veem banhados, alguns repletos de jacarés! Pois bem, a Vila do Taim se justifica por várias combinações, dentre elas o fato de estar assentada sobre as falésias (a elevação do terreno possibilita terra seca em todas as estações) e dividir as distâncias para quem se deslocava desde Jaguarão ou Uruguai em direção à Rio Grande.

Os historiadores por sua vez nos remetem ao início do século XVIII. Entre idas e vindas de portugueses e espanhóis, estes últimos teriam edificado uma pequena capela de madeira em 1700 (donde vem a expressão Capilla). Esta primeira edificação é descrita pelos pesquisadores da FURG que fizeram escavações no local. Em 1785 os portugueses oficialmente erguem a Capela de Nossa Senhora da Conceição, quando então, a Vila representava o limite meridional do domínio lusitano. O que vinha depois eram os campos neutrais (Tratado de Ildefonso de 1777, firmado entre Espanha e Portugal). Saint Hilaire esteve no Taim em setembro de 1820. Sobre a guarda de fronteira ele diz: "A uma légua de Capilha, encontra-se o lugar chamado Taim, onde estão acampados alguns soldados." Em relação ao centro da vila comenta: "Capilha é; simplesmente uma aldeia, composta de algumas choupanas e de uma pequeníssima capela subordinada à paróquia do Rio Grande, mas sem capelão. Essa aldeia está situada numa posição muito agradável, às margens da lagoa Mirim".

No ano seguinte os campos neutrais foram anexados pelos portugueses. Hilaire tinha percebido esta intenção quando esclarece: Do outro lado, os campos neutros (campos neutrais), que se estendiam numa extensão de trinta léguas, até a Estância do Xuí, onde começavam as possessões espanholas. Se é verdade o que me disseram, os campos neutrais foram, originariamente, povoados pelos portugueses, que, por força de um tratado, se viram obrigados a abandonar suas possessões. Homens pobres, vendo uma tão grande área de terras sem proprietário, sonharam aí se estabelecer, solicitando, para isso, a posse dela aos comandantes portugueses da fronteira. Esses, para não se comprometerem, recusaram-lhes autorização direta, mas se prontificaram a fechar os olhos a essa violação do tratado, e recomendaram aos agricultores procurarem entendimento com os comandantes espanhóis, que, por dinheiro, consentiam tudo.

Em 1844 foi escrito um novo capítulo nesta história. É consenso entre os historiadores que a reforma da Capilla aconteceu no final da Guerra dos Farrapos, II° Império e Dom Pedro II com apenas 19 anos. O tenente Faustino permaneceu fiel ao Império durante a Revolução e por conseguinte ganhou prestígio e posses. A edificação em alvenaria foi assim erguida e ornamentada por sua ordem e recursos. Este é o templo que permanece até hoje.

Fonte: ClicRBS, 2010.

Quando procurei material para produzir o DVD da viagem, selecionei a foto mais antiga disponível na web. É provável que seja da década de 80 a julgar pela ausência de infraestrutura no entorno da capela. Novamente de carona nas asas da imaginação... "vejo embarcações surgirem na linha do horizonte. O prático sabe que em meio à planura do relevo litorâneo avistará as torres da Capilla e assim a certeza de estar na direção certa." Era também um elo de conexão entre as comunidades porque por séculos, a pequena congregação, foi o único lugar para batismos e casamentos, principalmente para quem se estabelecera mais ao sul.

O templo foi construído exatamente na direção Sul/Norte. Assim a porta sempre está abrigada do vento minuano. Acima da entrada, um relógio de sol. Estes detalhes passam desapercebidos assim como a historicidade do local se esvai no tempo. Quando porém nos damos conta de que a geração pós-moderna relega o pretérito e seu romantismo, somos impelidos a escrever estas linhas.

Dividimos os aventureiros em três equipes: águia (Joéde e Gilberto), base (Ricardo e Maiquel) e os capivaras (Calebe e Boáz). Antes do anoitecer deixamos a vila e atravessamos a Reserva Ecológica do Taim.

Na foto à esquerda, a equipe capivara.

A reserva do Taim se justifica por abrigar espécies em extinção e por ser paradouro de aves migratórias. O bioma é essencialmente composto por campos e banhados. Ali se encontra o Jacaré do Papo Amarelo e o Cisne do Pescoço Preto. Do asfalto pudemos observar aves típicas da região, como o tachã (do seu grito, se supõe advir a origem do nome Taim), o gavião Carcará, as garças, flamingos entre outros.

Dos animais de grande porte, temos facilidade em avistar as capivaras.

A fotografia da direita mostra o maior roedor das Américas. A aproximação só foi possível através do zoom da câmera. Ao longo da via existe uma tela de proteção, tanto para os animais quanto para marcar o limite da presença humana.

Quando estávamos para guinar à direita e deixar os banhados, percebi que o canal que margeia a BR segue em linha reta até a Lagoa da Mangueira. O fluxo da água acompanha estes canais quando chove nas lagoas. O desnível é mínimo, e portanto a vazão acontece de acordo com o volume de água acumulada. A Lagoa da Mangueira, mesmo estando a 5 km do oceano, despacha seus excessos até o Taim e este para a Lagoa Mirim. Era de se imaginar que o arroio Chuí tivesse sua origem em alguma destas lagoas, mas não. Suas nascentes estão em banhados menores existentes próximos ao km 644 da BR471.

Assim que passamos o limite da reserva procuramos um local para acampar. O domingo já tinha sido bem proveitoso e agora só restava se recuperar para o dia seguinte. Logo surgiu uma entrada e por detrás dos arbustos um areal plano e limpo. Antes de esticar as barracas demos jeito em preparar mais uma sopa. No almoço a refeição foi farta e agora era só uma leve reposição de carboidratos. Após o ocaso alguns se aventuraram mais adiante para ver se pescavam alguma coisa. Retornaram não muito depois desapontados. Todo o complexo de lagoas e canais é considerado piscoso. Nós porém não tivemos sorte em todas as tentativas. Ao amanhecer fotografamos no automático e como resultado obtivemos uma das melhores fotos da viagem.

No terceiro dia de viajem, segunda feira, passamos por Curral Alto e pernoitamos no vilarejo seguinte, chamado de Alvorada. Depois da janta e aquisição de mais protetor solar, seguimos por mais 900m até acampar nos fundos de um posto de saúde. Neste dia fizemos 61km.

Na terça feira dia 5 acordamos cedo. A claridade chega ao interior das barracas e o sono vai embora. Isto não quer dizer que logo vamos pedalar. Até desfazer o jejum e o acampamento, já são 9 horas. Por conseguinte ficamos muito expostos ao sol.

Almoçamos nas imediações de Árvore Só. De tarde alcançamos Santa Vitória do Palmar, a cidade dos Mergulhões. Naquele horário encontramos uma lancheria disposta a nos preparar Xis. Dali seguimos direto para o porto, na orla da Lagoa Mirim. Banho na lagoa, roupas lavadas, tentativas de pescaria e a ação do relações públicas. O Boáz fez amizade com o pescador Renato. O assunto evoluiu tanto que ele nos convidou para pernoitar na sua casa. No entardecer nos despedimos da lagoa. Trouxemos uma recordação enigmática: a fotografia de um menino (uns cinco anos) bem trajado, de boné, segurando um dos pequenos peixes que o Boáz capturou. Em nenhum momento descobrimos quem era seu pai ou mãe. Com as indicações que o Renato nos passou, achamos sua casa. Nos acomodamos na garagem e de noite fomos até o centro da cidade jantar. Era carnaval e muitas pessoas chegando dos bairros. Satisfeitos, retornamos para dormir.

Na quarta feira não foi fácil nos despedir de nosso anfitrião. De um dia para o outro criamos um forte laço de amizade.  No pórtico, com o sol ainda se levantando, registramos nossa passagem pela cidade com mais uma foto em que todos aparecem. Partimos em direção ao Hermenegildo, balneário mergulhão distante 20 km da cidade.

Foi o primeiro contato com o mar... sim! O Joéde e o Gilberto pisaram em uma praia pela primeira vez. Foi uma agradável estadia: banhos de mar, futebol com uruguaios e passeios entre casas que estão sendo engolidas pelo mar. Na meia tarde deixamos o vento nos levar até a Barra do Chuí, extremo sul do Brasil. Forte presença uruguaia, de tal forma que as placas dos estabelecimentos são em espanhol. Conhecemos os molhes da barra, o Arroio Chuí e o farol. Pela primeira vez na jornada, uma lan house para publicar fotos nas redes sociais.

Na foto da direita, Farol do Chuí.

Com a eminência do entardecer, procuramos o camping no acesso principal do vilarejo. Ótima estrutura, espaço amplo, chuveiro, quiosques, mas fora do nosso orçamento. Dois se banharam e seguimos pela estrada para um acampamento de improviso. Como já tinha anoitecido, apenas adentramos uma mata ciliar e nos acomodamos. Como última recordação deste dia lembro de uma claridade que passava sobre nós de tempos em tempos. Procurei me inteirar sobre o assunto. Era o facho de luz proveniente do farol. Agora era eu que estava impressionado! Desde então nunca vi um farol tão potente quanto aquele.

A quinta feira revelou mais um belo dia de sol. A rotina de montar e desmontar acampamento já estava nos aborrecendo. Mas não tínhamos muito para reclamar, estávamos perto do fim. Nos primeiros raios de sol (amanheceu com neblina) o giro das rodas nos conduziu para a cidade do Chuí, fronteira.

Perto da cidade passamos novamente para a BR471 e vimos ela se tornar uma via internacional quando avistamos sua continuidade do lado uruguaio. A foto da esquerda retrata exatamente o momento de nossa chegada. As sombras da direita para a esquerda atestam que ainda era cedo. Passamos parte do dia visitando free shops e observando carros exóticos. O setor de compras se destaca no lado uruguaio, visto que no BR o assunto nunca foi regulamentado.

A tarde chegou e trouxe consigo momentos de tensão. Era hora de retornar. Na rodoviária soubemos que os ônibus da Embaixador não transportavam bicicletas e voltar pedalando não estava no programa. Alguém sugeriu procurarmos os caminhões de entrega. Na totalidade eles vinham ou Rio Grande, ou de Pelotas. Procuramos, conversamos até encontrar o caminhão da Coca Cola, proveniente de Pelotas. Negociamos: R$ 50,00 para levar as 6 bicicletas até Quinta e eu iria junto na cabine. A ressalva era de que as bicicletas só poderiam ser embarcadas depois da Aduana.  Obedecemos, apenas 2,5km até a Aduana. Fiquei com a bicicletas enquanto os outros retornaram até a rodoviária para seguir de ônibus. Permaneci em um ponto visível e na expectativa. Eles cumpriram a palavra, me ajudaram a carregar as bicicletas e seguimos estrada afora.

Novamente juntos em Quinta, seguimos pedalando até a praia do Cassino. Nos fixamos na beira da praia, próximo à Iemanjá, em área de dunas baixas. Logo ali havia um campo aberto com chuveiros. Mais adiante um camelódromo e praças de alimentação. Mas ainda era dia claro, e segui com o Joéde, Maiquel e Gilberto até o molhe da barra. Foto acima. Quando chegamos na extremidade, presenciamos o método pelo qual está sendo ampliado: embarcações carregadas com grandes pedras se "abrem" deixando as pedras descerem para o fundo. A ampliação do molhe visa manter o canal com profundidade para as grandes embarcações.

O pernoite não foi dos mais tranquilos. Diferente dos dias anteriores, agora haviam muitas pessoas por perto. Foi posto um sistema de sentinelas. Sempre um ficava fora da barraca observando as movimentações. Desconsiderando o assédio de transgêneros, ninguém nos molestou.

A alvorada da sexta foi bem antes do nascer do sol. Havia ainda a última missão: ir até o navio Altair, 14km ao sul e retornar antes do ônibus partir.

O deslocamento de ida foi fácil, vento favorável. Exploramos o local, subimos em parte das estruturas enferrujadas e partimos de volta. Se a maré estivesse baixa, mais detalhes teriam sido percebidos. O navio Altair, naufragou em 1976 devido à uma tempestade. Foto abaixo. Na chegada de volta os comparsas que ficaram já tinham carregado suas coisa no ônibus. Nós três só tivemos o tempo de embarcar as bicicletas e subir para ocupar o assento. Ufa! Foi por pouco.

Depois deste último pedal, o velocímetro registrou ao total, 379.700m percorridos, ou seja, quase 380 km.

Trouxemos um vasto material em forma de fotografias e vídeos, o que nos proporcionou compilar um DVD da viagem.

Participaram desta aventura: Boáz Lopes (tesoureiro), Calebe Lopes (pescador), Gilberto Padilha (guia), Joede dos Santos (cozinheiro chefe), Maiquel Gomes (primeiros socorros) e Ricardo Wisniewski (câmera men).

Agradescimento: Daniel Pedro Overbeck e família.