2005

No dia 15 de Outubro, enquanto Santa Cruz vivia a Oktoberfest, fomos ao Cerro Botucaraí em Candelária. Nenhum de nós conhecia o local, mas andando primeiramente por estradas e posteriormente por trilhas chegamos ao cume do monte que fica a quase 600 msobre o nível do mar. Uma subida bem íngreme pela aresta sul (trekking de uma hora aproximadamente). A rodovia de acesso é a RST287. Para quem vem do litoral tem que contornar o morro pela direita. Normalmente existe uma placa na estrada de acesso com o dizer: "Ponto isolado mais alto do Rio Grande do Sul".
Na nossa primeira experiência com o cerro, pegamos chuva a noite inteira e no domingo logo cedo tivemos que retornar. O local é alvo de peregrinações e guarda a história de uma lenda envolvendo um monge:

Fonte: RBS TV, Rio Grande do Sul.

No dia 02 de novembro retornamos ao local, desta vez, atividade de apenas um dia e a garantia de sol o tempo todo. Pudemos então desbravar o local. No costado noroeste, uma coluna de basalto está separada do cerro. O Boáz e o Wiliam foram os únicos com coragem para pular o vão e acessar a torre.


O INÍCIO DO GRUPO HERMOMT

Depois de pedalar tanto só, consegui dois amigos para me acompanhar. Era o mês de janeiro de 2005. O Boáz tinha recém iniciado como temporário no Supermercado Muller e tinha sofrido um tombo de bicicleta. Mesmo assim foi. O Maiquel praticava academia e devido ao seu pai ser militar, tinha alguns feitos para contar e convidamos ele para ir junto. Tínhamos então alguns reais para gastar, três aventureiros, três bike, uma barraca e as mochilas. Subimos de ônibus até Herveiras. Lá almoçamos (foto ao lado) uma à la minute e montadas as bicicletas. Não achamos nada para fazer na cidade, fomos então para o Balneário Sonho Azul. Ali tínhamos local para acampar, piscinas e comida (frituras, frituras!).

Fizemos amizade com o Maicon, dentista, que nos aconselhou a retornar, não pelo mesmo local que viemos, e sim por Sinimbu, pela costa do rio, aonde teríamos mais atrativos. No outro dia pela manhã iniciamos o deslocamento de volta, Linha Cristina e descida até Alto Sinimbu. Encontramos o Rio Pardinho e suas pontes pênsil (foto ao lado). Pernoitamos no Balneário Engelmann e no dia seguinte retornamos para Santa Cruz. Esta foi uma época de maior seca que a minha geração pegou no RS. O Rio Pardinho em algumas localidades mais perto aqui da cidade simplesmente parou de correr (isto também devido ao recolhimento de água pela Corsan). Depois deste simples começo, começamos a pensar em ir mais longe.